INTRODUÇÃO
Sempre querendo acertar, as famílias buscam informações sobre o melhor para seus filhos; não deixar que nada lhes falte, proporcionando-lhes as melhores escolas, roupas, lazer, etc.
Não é difícil encontrarmos pais que trabalham “horas a fio”, mães em duplas jornadas, para que seus rebentos se sintam felizes e confortáveis. Na tentativa de dar ao filho o que nunca tiveram, acabam perdendo a medida do bom senso. Tornam-se excessivamente permissivos, criando autênticos “folgados”; adolescentes com todos os direitos e poucas obrigações, muita liberdade e nenhuma responsabilidade e, consequentemente, frágeis ao sofrimento e aos limites impostos pela própria vida. Discussões intermináveis fazem parte da pauta diária das famílias.
Na outra ponta do “cabo de guerra”, está a figura do adolescente. Este reclama por autonomia e individualidade, sem perceber que permanece ainda profundamente dependente dos cuidados e proteção da família. Insatisfeitos acham os seus pais muito ou pouco severos, inacessíveis ou demasiado invasores. Sem dúvida é uma fase de sentimentos e atitudes intensas onde a razão é ofuscada pela paixão.
Tudo se renova nesta etapa e a reorganização das relações com os pais se constitui num dos eventos marcantes para ambas as partes.
Assim, compreender este período transitório, constitui-se em desafio árduo e perigoso, no entanto único caminho que aos poucos irá colocar certa ordem nesta confusão psíquica, física e social.
Na evolução desta relação aspectos normais do processo de adolescência interferem no convívio já difícil entre pais e filhos.
Para tornar esta etapa menos sombria iremos abordar diferentes aspectos para que com mais informação, ambas as partes consigam dar um significado mais positivo e compreensivo da adolescência.